Se cada obra sua é uma narrativa visual, a mensagem que Elson deixa para as
próximas gerações é clara: “A Amazônia não é herança a ser gasta, mas cuidado a
ser passado.” E talvez seja justamente essa sensibilidade que faz de sua arte um ato
de cura. “A arte não cura a natureza sozinha”, afirma, “mas pode abrir frestas no
olhar. Ela nos ensina a ver a floresta como parente — e não como recurso.”
Com sua esferográfica como extensão da alma, Elson Júnior desenha aquilo que
não pode mais ser ignorado. Suas obras são como mapas afetivos: nos guiam pela
memória, pelo afeto e pela resistência. E nos convidam a um exercício cada vez
mais necessário: reaprender a ver — e a cuidar.
Instagram: @elsonjuniorr