Mesmo
ao
flertar
com
o
figurativo,
suas
obras
permanecem essencialmente subjetivas. São convites à
interpretação, mas também espelhos da realidade. O que
ele vê nos rios, nos manguezais, na vastidão do “mar
verde” amazônico é, ao mesmo tempo, deslumbrante e
trágico. Sua arte transforma inquietação em forma e faz
da tela um campo de batalha entre estética e ética.
E "Amazônia Legal?" é a prova irrefutável. A obra é a
materialização de sua crença de que o artista "tem que
ser crítico". Ele não ilustra um pedido de socorro. Ele
constrói um objeto cuja tensão, matéria e forma são o
próprio grito. A beleza em seu trabalho é uma isca, uma
arma bela e terrível. Ele nos seduz com a cor para nos
confrontar com o crime.
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