Com o olhar de quem nunca pisou
fisicamente na Amazônia, mas permitiu-
se habitá-la por dentro, Gianella traçou
caminhos
invisíveis
pela
intuição.
floresta, então, não é apenas cenário:
torna-se corpo, memória ancestral, alma
coletiva. Em suas palavras: “Acredito na
projeção da alma. Minha entrega foi total.
Flutuei dentro dela.”
A obra que surge desse processo é mais
que representação; é manifestação. Em
sua tela, a selva não é retratada: ela arde,
grita, respira e sangra. O resultado não é
paz. É verdade. Ao final, sua arte não nos
entrega uma resposta, mas uma pergunta
pintada em silêncio e cor:
Até quando a floresta resistirá sem que a
arte — e nós — façamos algo além de
contemplar?
Instagram: @gianellas.riephoff