Edição 9 - Port - Amazônia - Brazil

Com o olhar de quem nunca pisou

fisicamente na Amazônia, mas permitiu-

se habitá-la por dentro, Gianella traçou

caminhos

invisíveis

pela

intuição.

floresta, então, não é apenas cenário:

torna-se corpo, memória ancestral, alma

coletiva. Em suas palavras: “Acredito na

projeção da alma. Minha entrega foi total.

Flutuei dentro dela.”

A obra que surge desse processo é mais

que representação; é manifestação. Em

sua tela, a selva não é retratada: ela arde,

grita, respira e sangra. O resultado não é

paz. É verdade. Ao final, sua arte não nos

entrega uma resposta, mas uma pergunta

pintada em silêncio e cor:

Até quando a floresta resistirá sem que a

arte — e nós — façamos algo além de

contemplar?

Instagram: @gianellas.riephoff