Essa mesma sensibilidade se aplica à terra, que para Zilah se tornou linguagem
ainda na infância, na olaria da fazenda do avô. Redescoberta através da
literatura de Euclides da Cunha, a terra em suas obras é "testemunho e
resistência". As rachaduras que marcam suas telas não são meros efeitos
estéticos; são espaços abertos à interpretação do espectador. Como a artista
mesma sugere, citando Barthes, cada fenda pode ser "uma cicatriz, um mapa
ou algo que só o outro poderá nomear", uma recusa a impor um único sentido.