Edição 9 - Port - Amazônia - Brazil

É por isso que sua obra

transcende a

representação. É um

convite para sentir o que

não pode ser visto.

Dani acredita que o invisível da Amazônia pode ser pintado, "se nos

dispusermos a sentir o que ela tem a nos dizer". Suas telas são esse ato de

escuta. São fragmentos de um mundo que não se explica, apenas se

percebe. E o que a floresta nos pede para sentir, através de sua arte, é a

nossa interconexão, a nossa dependência vital de sua existência.

No fim, a arte de Dani Fontenelle se torna uma ponte. Suas telas, como

espelhos d'água, refletem não apenas as cores da natureza, mas a urgência

de nossa responsabilidade. Em cada mancha de cor, em cada fluxo que se

aquieta, ela nos lembra que a floresta não é um lugar a ser visto, mas um

pulso a ser sentido. E que talvez, a nossa sobrevivência dependa de

aprendermos a escutar o seu silêncio líquido.

Instagram: @danifontenelle_artx