É por isso que sua obra
transcende a
representação. É um
convite para sentir o que
não pode ser visto.
Dani acredita que o invisível da Amazônia pode ser pintado, "se nos
dispusermos a sentir o que ela tem a nos dizer". Suas telas são esse ato de
escuta. São fragmentos de um mundo que não se explica, apenas se
percebe. E o que a floresta nos pede para sentir, através de sua arte, é a
nossa interconexão, a nossa dependência vital de sua existência.
No fim, a arte de Dani Fontenelle se torna uma ponte. Suas telas, como
espelhos d'água, refletem não apenas as cores da natureza, mas a urgência
de nossa responsabilidade. Em cada mancha de cor, em cada fluxo que se
aquieta, ela nos lembra que a floresta não é um lugar a ser visto, mas um
pulso a ser sentido. E que talvez, a nossa sobrevivência dependa de
aprendermos a escutar o seu silêncio líquido.
Instagram: @danifontenelle_artx