É aqui que reside sua força definitiva: Charles Barreto não
representa a Floresta, ele a apresenta. Suas obras não são
ilustrações
de
um
bioma
—
são
fragmentos
dele,
transmutados em sua resistência, em sua cicatriz, em sua
potência. Seus quadros são altares construídos com os
escombros e as sementes da própria mata, vestígios do que
ainda podemos ser. Em uma era de excesso, sua arte é o
antídoto: contemplação, escuta e matéria que pulsa. É terra,
é tempo, é testemunho. É a voz da Floresta, insistindo em
viver, mesmo depois de esquecida.