O termo “assemblage” foi cunhado por Jean Dubuffet em 1953, mas a
prática já era explorada desde o início do século 20 por artistas como
Picasso e Marcel Duchamp.
Pablo Picasso é considerado um dos precursores da técnica, quando,
em 1912, colou um pedaço de papel de parede em uma pintura, dando
início à ideia de unir elementos tridimensionais em uma composição
artística.
Assemblage não é colagem: enquanto a colagem utiliza apenas
elementos bidimensionais, o assemblage incorpora objetos reais e
tridimensionais à obra.
O Dadaísmo foi o berço conceitual do assemblage, ao rejeitar as
normas acadêmicas da arte e explorar o absurdo, o acaso e a crítica à
sociedade industrial.
As obras de assemblage costumam carregar forte carga simbólica e
poética, já que os objetos utilizados têm histórias próprias e evocam
memórias afetivas ou coletivas.
O movimento surrealista também adotou o assemblage como forma
de representar o inconsciente, os desejos e os mundos ocultos da
mente humana.
Muitos artistas de assemblage trabalham com materiais reciclados ou
rejeitados, criando arte a partir do que a sociedade descarta — uma
metáfora potente de ressignificação.