Charles Barreto - Portifólio

O termo “assemblage” foi cunhado por Jean Dubuffet em 1953, mas a

prática já era explorada desde o início do século 20 por artistas como

Picasso e Marcel Duchamp.

Pablo Picasso é considerado um dos precursores da técnica, quando,

em 1912, colou um pedaço de papel de parede em uma pintura, dando

início à ideia de unir elementos tridimensionais em uma composição

artística.

Assemblage não é colagem: enquanto a colagem utiliza apenas

elementos bidimensionais, o assemblage incorpora objetos reais e

tridimensionais à obra.

O Dadaísmo foi o berço conceitual do assemblage, ao rejeitar as

normas acadêmicas da arte e explorar o absurdo, o acaso e a crítica à

sociedade industrial.

As obras de assemblage costumam carregar forte carga simbólica e

poética, já que os objetos utilizados têm histórias próprias e evocam

memórias afetivas ou coletivas.

O movimento surrealista também adotou o assemblage como forma

de representar o inconsciente, os desejos e os mundos ocultos da

mente humana.

Muitos artistas de assemblage trabalham com materiais reciclados ou

rejeitados, criando arte a partir do que a sociedade descarta — uma

metáfora potente de ressignificação.